Regional da Transamazônica desenvolve órteses que auxiliam no tratamento de bebês

Regional da Transamazônica desenvolve órteses que auxiliam no tratamento de bebês

 

Dispositivos produzidos com materiais de baixo custo buscam corrigir a posição funcional dos membros dos recém-nascidos

O Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, sudoeste do Pará, adotou o uso de órteses de baixo custo, que auxiliam no tratamento de bebês internados na unidade. Os dispositivos têm como objetivo corrigir a posição funcional dos membros dos recém-nascidos, como punhos, calcanhares e pés.

As órteses são desenvolvidas pela Terapia Ocupacional do hospital, que pertence ao Governo do Pará e é gerenciado pela Pró-Saúde. O material é de baixo custo e garante que os movimentos básicos de pés e mãos sejam preservados, auxiliando na recuperação dos bebês.

De acordo com Rafaela Rizzi, terapeuta ocupacional da unidade e responsável pela fabricação das órteses, antes da produção, cada paciente é avaliado e, se for identificada alguma deformidade nos membros, é realizado o encaminhamento para correção com procedimento cirúrgico ou uso da órtese.

“Quando há indicação daquele paciente para o uso da órtese, antes de realizarmos a fabricação, medimos a estrutura corporal do bebê. Assim, produzimos o item personalizado e direcionado para ele”, explica a profissional.

Produção das órteses

O produto utilizado para produção das órteses é o termoplástico, material resistente e durável, que recebe calor com o auxílio de água quente, ficando mais maleável para ser moldado pela terapeuta conforme as dimensões do bebê.

Leve e confortável, o material não atrapalha, nem incomoda o tratamento, e além de contribuir para recuperação, pode reduzir o período de internação. Por mês, a unidade produz, em média, três órteses para bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) infantil.

“Logo nos primeiros dias de uso do dispositivo já é possível notar a diferença. Por exemplo, se ele tem uma dorsiflexão (movimento da articulação do tornozelo) de 65º, após iniciar o uso da órtese, ele melhora para 45º. Como é um desvio muscular e ósseo, esse membro precisa ser colocado na posição correta. Assim, temos um resultado muito satisfatório”, afirma Rafaela.

O Regional Público da Transamazônica é o único hospital na região do Xingu que possui cinco leitos de Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, cinco de UTI Infantil e quatro de berçário de alto risco.

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